quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Colectividades e tradições brenhenses

Registam-se na freguesia, duas colectividades. Uma é o TEATRO TABORDA, ou a TROUPE RECREATIVA BRENHENSE, que foi fundado a 2 de Junho de 1896.A ideia original deste teatro partiu de um jovem - Anselmo de Oliveira Cardoso, na altura com 20 anos de idade, que nos finais do ano 1895 viu, numa montra um presépio armado, com todos os pormenores.Logo lhe veio à ideia que poderiam fazer um em Brenha, pelo Natal. Armaram uma barraca no adro da igreja, pedindo ajuda monetária e alguns pinheiros.Houve alguém mais influente, que então disse que numa terra com tanta pedra, que em vez de fazerem uma barraca de madeira, podiam fazer uma casa de pedra e de cal.Estava assim lançada a ideia da fundação de uma agremiação, que viria a ser a T.R.B. (Troupe Recreativa Brenhense), que é ainda hoje, passados já 90 anos uma chama bem viva no meio social da nossa freguesia, pólo de atracção e centro de convívio de grande parte da população brenhense.A outra é o C.U.B. - CLUBE UNIÃO BRENHENSE, que foi fundado a 16 de Fevereiro de 1932, por um grupo de jovens dissidentes do Taborda, constituindo assim outro movimento associativo em Brenha e demonstrando o claro gosto dos brenhenses pela vida associativa, na altura única fonte de convívio, de distracção e para a grande maioria, de cultura.Completando a existência destas duas associações, inaugurou-se em 1976 o Grupo desportivo de Brenha, onde ainda hoje se pratica o futebol que, na altura do Verão, recebe muita população entusiasta para ver jogos entre equipas vizinhas.




Nesta freguesia havia festas de interesse religioso, mas que decaíram drasticamente na segunda década do século XX.Mas prevaleceram ainda as grandes festas de Agosto, em honra do Santíssimo Sacramento, e Nossa Senhora do Rosário, de tradição antiquíssima, que se realizavam no Domingo mais próximo do dia 15 de Agosto. Aqui vinham forasteiros das freguesias vizinhas e não só, para assistirem à realização destas festas.A partir de determinado momento começaram a verificar-se afrontas entre a autoridade eclesiástica e o povo, motivadas pela realização do arraial popular no pavilhão, no Largo da Igreja, com danças e outras manifestações pagãs. O Sr. Bispo não consentia essas danças no largo da igreja e em 1952 a realização do arraial passou a ser feito nos recintos próprios das colectividades locais.Salienta-se também a festa de S. Teotónio. De carácter religioso que foi retomada em 1959 por iniciativa do Sr. Padre António Marques, padroeiro da paróquia de Brenha. O seu dia é a 18 de Fevereiro, mas a realização da festa foi transferida para a época de verão, de forma a que os nossos emigrantes a ela pudessem assistir. E agora o arraial é feito no Largo da Igreja, e dura até altas horas da madrugada.Regista-se ainda a matança do porco. Esta é uma festa familiar que reunia todos os parentes desde o avô a netos, irmãos, primos, etc., realizando-se aos Domingos.Era muito rara a família que não criava o seu porco durante o ano, para na época do frio, de Novembro a Janeiro, fazer a matança e guardar na salgadeira a carne para todo o ano.Foi um uso que se arreigou nos hábitos deste povo, mas que veio a desvanecer-se nos finais da década de 1950.E para finalizar existem as Danças de Arraial (Folclore).Os jovens, no Domingo à tarde juntavam-se no Largo da Igreja e na rua de Baixo e aí dançavam.Mas em 1896 fundou-se a colectividade Troupe Recreativa Brenhense e formou-se a tuna do Teatro Taborda, que já tinha um repertório bastante variado nessa altura: a “Valsa de Roda” (de duas partes), a “Canção” (de ir ao centro), a “Mazurca” (de repassar), o “One-Step” (precursor das modernas marchinhas), o “Pas de Quatre” (de inspiração Gaulesa), a “Jota” (com a vivacidade do Salero Aragonês).Nos primeiros anos do nosso século a música brasileira começou a invadir os nossos usos e costumes e apareceram os sambas, maxixes, rumbas, etc.Para não se perder totalmente a tradição dos costumes antigos e dos bailaricos fundou-se em Brenha, nos princípios da 2.ª década, o rancho Flor da Mocidade; que chegou a actuar na Associação Naval da Figueira da Foz, mas que teve os dias contados.Do seu repertório constava: o Rancho Flor da Mocidade, o Ladrãozinho, No Alto daquela Serra, a Rolinha, Ai agora é que m’eu maneio, a Machadinha, Carrasquinha, Faço Renda, as Pombinhas da Catrina, Vamos seguindo ao Norte, etc.Depois fundou-se a Orquesta-Jazz do T.R.B., mas que acabou por terminar a sua actividade com a dispersão de alguns elementos do conjunto.Para além das danças e bailaricos jogavam-se os chamados jogos tradicionais.Eram jogos que visavam principalmente o desenvolvimento físico, a agilidade e os reflexos, mas outros visavam simplesmente uma componente recreativa.Eram muitos os jogos tradicionais: o jogo do eixo ou salto carneiro (como era conhecido em Brenha), a belamura, lá vai molho, o jogo da malha, o jogo da péla, o jogo do anelzinho, a barra, o rapa, o jogo da corda, do pião, jogos do botão, a cabra cega, o lencinho, corrida das rosquilhas, corrida de potes, o pau de cocanha e outros.De todos eles, destacamos o jogo do pau ou mastro de cocanha: Arranjava-se um pau com cerca de 8 metros de altura, descascado, liso e bastante ensebado, que se prendia ao chão. Na ponta deste pau pendurava-se um bacalhau e um garrafão de 5 litros de vinho de Brenha.Os concorrentes, um de cada vez, tentavam trepar o poste até alcançarem o prémio pendurado na ponta. Quando um não conseguia, experimentava o segundo e depois o terceiro e assim sucessivamente. Quando todos já tinham participado e não conseguiam, voltavam novamente a repetir, e assim por diante até o poste ficar desensebado e um concorrente conseguir chegar lá ao cimo e apanhar o bacalhau e o garrafão de vinho.

Brenha foi uma terra que viveu sempre praticamente da agricultura, mas outras actividades concorreram também para o seu desenvolvimento.A produção agrícola era composta pelas culturas do milho, trigo, feijão, vinho, cebolas e batatas, mas as mais importantes eram o milho e o vinho.Quanto ao milho, na década de 1930/40 produziam-se na freguesia de Brenha cerca de 130 toneladas de milho.A cultura do milho diminuiu bastante e actualmente produz-se só cerca de 300 alqueires por ano.No que diz respeito ao vinho, na década de 1940/50 os viticultores produziam para cima de mil pipas de vinho. Até se dizia: «Antes da época das chuvas há mais vinho em Brenha do que água».Hoje praticamente não se plantam vinhas na freguesia.Derivado à cultura do milho e ao elevado consumo diário de broas, fizeram tradição as Padeiras e as Broas de Brenha.Vida árdua tinham estas padeiras que, ainda noite, quer chovesse, trovejasse ou estivesse bom tempo, lá vinham elas de Brenha montadas no cavalo, carregado com grandes cestos de broas, para as venderem logo de manhãzinha no mercado e noutros estabelecimentos.Toda esta actividade decaiu por alturas da década de sessenta, com o advento dos monopólios de panificação na Figueira da Foz. Mas há no entanto ainda uma padeira, que para manter a tradição vem todos os dias vender ao mercado da Figueira a saborosa Broa de Brenha.As Lavadeiras é outra actividade de tradição muito antiga (vem pelo menos de meados do século passado).Em 1930 eram mais de 20 as lavadeiras de Brenha, que todas as semanas faziam a viagem à Figueira da Foz (às vezes ao Domingo, mas principalmente à Segunda Feira) para levarem às suas freguesas a roupa lavada, em grandes panais devidamente colocados no dorso das burras e trazerem a roupa suja para ser tratada durante a semana.O rio de Cimalhas era o rio das lavadeiras de Brenha.Outra actividade muito desenvolvida em Brenha era a Cal Gorda.A elevada preponderância calcária nas terras de Brenha propiciou a implantação aqui do fabrico da Cal Gorda para ser usada na construção civil. Assim se construíram os fornos de Cal Gorda: dois fornos no sítio do “Forno Crelvo”, um na encosta Sul do “Vale das Alminhas”, outro no “Pouso” ou “Vigia” e no princípio do nosso século foi construído o Forno do “Laracho”.De todos estes fornos actualmente só existem as ruínas nos locais indicados, estando só a ser explorada neste momento uma pedreira pela firma António Mariano e Filhos Lda.

Nesta freguesia destaca-se a IGREJA PAROQUIAL DE BRENHA, que é uma Igreja de interesse real, datada do primeiro quartel do século XVII, que é a Igreja de São Teotónio, ou seja a Igreja de Brenha.Esta igreja é uma das igrejas mais significativas deste concelho, ainda que o seu estilo não seja de origem. Só no final do século XVIII se pode considerar que a igreja ficou concluída, com o Altar-Mor, bem como tudo o resto.Em Brenha existe também um CRUZEIRO, uma construção simples, em pedra, com uma cruz no topo. Este cruzeiro data também do século XVIII.Nesta localidade também se podem destacar os MOINHOS DE BRENHA.Foi uma outra das actividades carismáticas de Brenha, com uma tradição também muito antiga, porque no século XIII, já havia referência aos moinhos de Brenha, que foram evoluindo e na década de 30, do nosso século, havia já 36 moinhos em Brenha, a funcionar. Com o avanço doutras formas mais industrializadas, os mesmos foram desactivados.O fabrico da farinha foi-se concentrando em grandes unidades de moagem, grandes empresas, concentradas nos centros, que passaram a fornecer as padeiras da região.De tal modo foram importantes os Moinhos de Brenha que em 1971 os Correios emitiram uma colecção de selos com o tema - Moinhos de Portugal - e nessa colecção constava um selo de 50 centavos com um Moinho de Brenha. O único Moinho que ainda existe, situa-se na Freguesia de Bom Sucesso.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Um pouco da história de Brenha

O Convento de Santa Cruz, sendo o donatário destas terras, atribuiu foral a dois moradores da referida herdade. Depois, em 1302, deu um novo foral a mais 7 famílias.
É assim que Brenha tem foral desde 1282 e esteve anexada à freguesia e paróquia de Quiaios, da qual se emancipou em 1934. Foi pedida a desanexação da paróquia de Quiaios e converteu-se numa paróquia autónoma, com cura, que tinha residência no local.
Existe uma lenda, nesta freguesia: a “Lenda de São Brás”, que era um Santo carismático da terra, ou de um lugar próximo, “Lírio” (que também recebeu foral, ao mesmo tempo que Brenha).
A Quinta do Lírio tinha um solar, do qual existem ainda as ruínas, com capela privativa - a Capela de S. Brás. Devido às condições de degradação da capela, o padre resolveu transferir a imagem de S. Brás da Capela do Lírio para a igreja paroquial de Brenha. Trouxeram dali a imagem com toda a humildade e veneração. Só que, no domingo seguinte, quando iam para rezar a missa, a imagem de São Brás havia desaparecido. Depois de a procurarem, foram encontrá-la na Capela do Lírio. A razão de tal sucedido, ninguém a conhecia. Assim aconteceu durante 3 domingos consecutivos.
Parece que S. Brás não queria sair da sua capela, e assim foi decidido para sempre, que a sua imagem, uma imagem valiosíssima que data do século XVII, não fosse retirada do altar desta igreja, onde pudesse continuar a ser venerada por todos os crentes.

Freguesia de Brenha

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

NAVAL 1º DE MAIO
SPORT LISBOA E BENFICA
Figueira da Foz



Vanessa Fernandes confiante para a próxima época

A triatleta Vanessa Fernandes afirmou hoje que espera uma época sem lesões, num "ano diferente", face realização dos Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, prova em que é forte candidata à conquista da medalha de ouro. "A focalização requer mais cuidados e atenção, mas estou mentalizada, com vontade e feliz. Para conseguir uma boa época, o que mais peço é não ter lesões", frisou à Lusa Vanessa Fernandes, acrescentando: "Espero fazer uma boa época".

Caso Maddie

Depois dos resultados dos exames aos vestígios de ADN se terem revelado inconclusivos, as autoridades continuam a considerar os McCann como os principais suspeitos no desaparecimento da criança inglesa de quatro anos.